Publicada em 15/02/2023 ás 09:00:50
Deputados do PP e do União Brasil veem como "imbatível" a chapa que será supostamente formada pelo vice-governador João Leão (PP), que seria candidato ao Senado, e ACM Neto, cuja pré-candidatura ao governo já está lançada pelo União Brasil.
O principal motivo que sustentaria a ida de Leão para a oposição seria a "deslealdade" com que o líder do PP foi tratado na composição da chapa governista. "O argumento é simples: se o senador Jaques Wagner (PT) retirou a candidatura ao governo e Otto Alencar não aceitou a missão, o nome natural seria o de Leão", afirma um progressista.
Mas não foi essa a decisão petista, pelo menos a do senador Jaques Wagner, que anunciou que Rui Costa ficaria na cadeira de governador até o final do mandato e que a majoritária seria escolhida entre três quadros do partido: os secretários Jerônimo Rodrigues (Educação) e Luiz Caetano (Relações Institucionais) ou a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho.
O que pesa e aumenta a indignação dos progressistas foi a forma como João Leão soube da decisão de Jaques Wagner: indo para a Vice-Governadoria, ouvindo a entrevista do senador pelo rádio do carro. A reunião que ocorreu na segunda até a meia-noite não deu um rumo, naquele momento, ao destino do partido, mas estabeleceu a união de todos os progressistas em torno do vice-governador.
Lembram que Leão tinha uma eleição garantida para ser um dos deputados federais mais votados em 2014, mas apostou ser vice de Rui Costa quando o então indicado por Wagner tinha 2% nas pesquisas e o ex-governador Paulo Souto, candidato naquele ano, despontava com quase 60%. Quatro anos depois, aceitou continuar como vice-governador, abrindo espaço na chapa para que Angelo Coronel (PSD) compusesse com Wagner para concorrer ao Senado.