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Pai é denunciado de abusar sexualmente da filha e da enteada

A enteada revelou que fora abusada sexualmente, dos 6 aos 12 anos de idade, pelo padrasto. A filha do casal relatou que foi vitima de abuso pelo próprio pai.
Publicada em 15/02/2023 ás 09:00:56
Foto: Divulgação


Foram mais de 30 anos para que a artesã Eleonora Sampaio, tomasse conhecimento que suas filhas eram abusadas sexualmente pelo radialista feirense Rogério Magalhães, padrasto de uma das filhas de Eleonora e pai biológico de outra. Segundo as vitimas, o caso ocorreu, durante anos, dentro da própria residência do casal. 

Após a separação de um casamento conturbado, marcado pela violência doméstica, Eleonora afirma que passou a frequentar delegacias em busca de proteção, já que teve a vida ameaçada diversas vezes pelo ex-esposo. Em uma das tentativas de buscar a justiça, uma das filhas, com 37 anos, se propôs a testemunhar em favor da mãe e revelou que fora abusada sexualmente, dos 6 aos 12 anos de idade, pelo então padrasto. Na oportunidade a filha do casal relatou que, assim como a irmã, foi vitima de abuso pelo próprio pai. 

A mãe, Eleonora, conta que nunca observou nenhum comportamento estranho das filhas, mas lembra que há muito tempo viu o então esposo acessando site de conteúdo pornográfico infantil. "Nós trabalhávamos juntos numa rádio. Um dia, eu cheguei mais cedo do que deveria na redação e vi na tela do computador que ele estava acessando, uma foto de uma criança nua. Nesse dia nos desentendemos e ele me deu uma desculpa qualquer e me fez sentir culpada por ter pensado que ele fosse capaz de acessar aquele tipo de material para fins sexuais. Eu cheguei a pedir desculpas a ele?, relembra.

De acordo com a mãe, as filhas nunca revelaram os abusos sofridos por ser algo que as feria muito, mas as convenceu de denunciar mesmo tendo passado tanto tempo. "Quando minhas filhas me contaram, eu falei que ele precisava ser denunciado porque a gente tem três netas e muitas crianças podem ter passado por isso e ela disse: "mãe, já passou", mas não passou. Essas coisas não passam", desabafou.

Eleonora diz temer a prescrição do crime, pois a lei determina que após 20 anos desde que a vítima completa maior idade e uma dessas filhas está prestes a completar 38 anos. O advogado das vítimas e especialista em direito penal, Joari Wagner, disse que apesar disso, há chance do acusado ser preso. "Em crimes sexuais a palavra da vítima pesa muito e neste caso, são duas vítimas. O fato de ter passado muito tempo, pesa a favor dele, mas ele pode sim ser preso. Nunca é tarde para denunciar", afirmou. 

Há seis meses a família tomou conhecimento dos abusos. No mês de abril as vítimas foram até a polícia, que intimou o radialista para depor na última semana, mas o mesmo apresentou um atestado médico, alegando estar com Covid-19. 

O advogado de defesa de Rogério, Andrei Smith, informou que o seu cliente está internado por complicações da doença, mas seu quadro de saúde encontra-se estável. Ele disse ainda que não teve acesso ao inquérito e que vai se pronunciar assim que acessar os autos. A delegada titular da DEAM, Clécia Vasconcelos, contou que o inquérito está parado na delegacia pela ausência do depoimento do radialista. Segundo a delegada, o atestado médico apresentado por ele termina nesta quinta-feira (20). Ainda de acordo com Clécia, ele tornará a ser intimado e quando prestar depoimento e então, o inquérito será remetido à justiça para que não haja chance de o crime prescrever. 

No último dia 18 de maio, foi celebrado o dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual infantil. Feira de Santana registrou, no ano passado, 102 casos de abusos sexuais contra crianças. De janeiro até abril deste ano, foram 25 casos, de acordo com dados dos conselhos tutelares do município. Um levantamento da ONG Childhood Brasil, publicado em 2019, aponta que 92% das denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes, pelo Disque 100, envolviam vítimas do sexo feminino. Grande parte dos abusadores eram familiares, como tios, primos e até pais ou padrastos. 

Especialistas em direito da criança e do adolescente pontuam que a criança ou adolescente vítima de violência sexual demonstra por meio de alguns comportamentos, que podem ser sinais de alerta: "agressividade, condutas sexuais inadequadas, distúrbios alimentares e afetivos, ansiedade, depressão, uso de drogas", entre outros.


Autor/Fonte: Poc7news com informação do De Olho no Rádio

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