Publicada em 15/02/2023 ás 09:01:00
No dia 8 de março, celebramos o Dia Internacional da Mulher. Uma ocasião adequada para pensar, refletir e
escrever sobre a metade da humanidade. Uma data que deve ser comemorada,
relembrando, particularmente, as mulheres que deram a vida procurando
conquistar e defender os próprios direitos.
A MULHER mais corajosa que
conheci foi dona Mathilde Vian, minha mãe. Ela teve dez filhos e os criou com duro
trabalho na roça. Ensinou-me a respeitar os outros, a ser serviçal e,
especialmente, me passou um grande amor a Nossa Senhora ? mãe de Jesus - a mais santa de todas as
mulheres. Na minha infância, tive como professora dona Gema Agostini, uma
mulher corajosa e sofrida, mas com o dom de sorrir e me repetiu, muitas vezes,
que sempre devemos confiar em Deus e a Ele entregar os sofrimentos e as
vitorias de nossa vida.
COMO BISPO, encontrei mulheres corajosas que viveram décadas cuidando de
doentes, crianças, idosos e gente jogada no lixo da vida, mas sempre
conservaram o sorriso da esperança: Irmã Dulce da Bahia (1914-1992), Madre
Teresa de Calcutá (1910-1999), Dra Zilda Arns (1934-2010) e muitas outras. Elas
me ensinaram, com sua vida, que há uma maternidade diferente.
ESSAS MULHERES engrandeceram o
gênero humano. Completamente esquecidas de si, promoveram e defenderam a vida,
sem nunca ceder às tentações de defesa do aborto e da violência. O que lhes
interessava era a pessoa concreta que tinham diante dos olhos e, imediatamente,
brotava-lhes a esperança e a certeza: ?Podemos salvá-la e conservar-lhe a vida.
Deus quer essa vida, nós também a queremos?.
O EVANGELHO nos mostra o maior
defensor dos direitos da mulher: Jesus Cristo. Na manhã da Páscoa, uma mulher
pecadora - a samaritana - e outras mulheres, foram as primeiras missionarias a
anunciar ao mundo, o maior acontecimento da história da humanidade: a
Ressurreição de Jesus. Na Igreja, é indiscutível o papel das mulheres. Estão presentes nas lutas sociais, nos
movimentos, nas pastorais e nos ministérios litúrgicos.
OBRIGADO a ti, mulher-mãe, que te
fazes casa do ser humano. Obrigado a ti, mulher-esposa, que unes,
irrevogavelmente, o teu destino ao de um homem, numa relação de serviço, de
comunhão e de vida. Obrigado a ti, mulher-trabalhadora, empenhada no âmbito
social, cultural, artístico, político e religioso. Obrigado a ti, mulher
consagrada, que, a exemplo da maior de todas as mulheres, a Mãe de Jesus, te
abres, com docilidade e fidelidade, a Deus e a humanidade.