Publicada em 15/02/2023 ás 09:01:13
Acompanhados pelos pais, mães e demais familiares, dezenas de crianças participaram do exame para troca de faixas, na academia de karatê Asteka, no bairro Ponto Central, na noite da última quinta-feira (19). Entre elas, cerca de 20 portadores do Transtorno do Espectro Autista, integrantes do Instituto Família Azul. A troca de faixa de branca para amarela emocionou familiares e amigos que prestigiaram o evento.
O professor Oldack Araújo, faixa preta e sexto dan de karatê da academia, explica que a prática do karatê pelas crianças autistas funciona como uma terapia comportamental. ?O autista é um pouco reservado. Então com a prática do karatê ele melhora a socialização e a ideia é inseri-los cada vez mais no contexto dos demais caratecas. Então, fazendo exames aqui hoje, com outros caratecas que não são autistas, já é uma etapa desse processo de inclusão", salientou.
Oldack também ressalta a notória evolução dos caratecas autistas. "Depois que começaram a praticar o karatê o comportamento deles melhorou. E os pais estão felizes com essas evolução. A disciplina, a coordenação motora e até a condição da saúde de um modo geral, porque fazem bastante exercícios, que são previamente estudados, que fazem bem à harmonia do corpo e melhora a coordenação motora deles?, avaliou.
Este aspecto é confirmado pelos pais. Ivanilton Cerqueira, pai de Heitor Cerqueira, de 4 anos de idade, garante que a prática do karatê tem ajudado bastante na saúde do filho. ?É notável a evolução dele, desde quando começou a participar desse movimento, promovido pelo Instituto Família Azul. Heitor hoje é uma criança que interage muito mais?, comemorou Ivanilton.
A Prefeitura de Feira de Santana apoia a iniciativa através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. Outros projetos semelhantes são desenvolvidos no âmbito do Governo Municipal, também em parceria com o Instituto Família Azul, como o Ballet Azul, oficina de balé destinada a meninas autistas que faz parte do Programa Arte de Viver, desenvolvido pela Fundação Egberto Costa.