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FOI SORTE OU AZAR ?

Devemos dar tempo ao tempo e assimilar a nova situação. Não importa o que a vida fez de nós, mas o que nós fazemos com a vida.
Publicada em 15/02/2023 ás 09:01:14
Foto: Divulgação

Numa pequena aldeia vivia um senhor muito sereno. Ele amava seu sítio, sua horta, seu pomar, o pequeno riacho, as árvores e as flores. Amava sobretudo um cavalo branco que recebeu de seu pai. Recusou muitas vezes propostas por ele. Não  venderia por preço algum.

UM DIA O CAVALO foi roubado ou fugiu e os vizinhos solidarizar-se com ele. Comentavam: é muito azar! E ele perguntava: Será que foi azar ou sorte? Não sei. Passou-se algum tempo e o cavalo retornou acompanhado de seis belos cavalos selvagens. Que sorte, exclamavam os vizinhos. E lá vinha a sentença: sorte ou azar, não sei.

O TEMPO foi passando e os cavalos selvagens iam sendo domados. Foi nessa tarefa que ele caiu e fraturou uma perna. Que azar, voltaram a repetir os vizinhos. Se foi ruim ou bom eu não sei, explicou ele. Semanas depois, rompeu uma guerra e todos os jovens do povoado tiveram de se alistar, menos ele, porque estava com a perna quebrada. Foi sorte, comentavam em coro os vizinhos. Eu ainda não sei se foi sorte ou azar.

A VIDA é feita de sonhos, mas nem todos se tornam realidade. Aparecem muitas surpresas. Num primeiro momento podemos passar da euforia para o desânimo. Inteligente é esperar. A situação  muda a cada instante. E contra os fatos pouco adiante reclamar. Devemos dar tempo ao tempo e assimilar a nova situação. Não importa o que a vida fez de nós, mas o que nós fazemos com a vida. O que nos parece sorte pode transformar-se em azar. O que parece ruim pode trazer frutos bons.

FOI UMA DOENÇA que ajudou Francisco de Assis escolher seu luminoso caminho. Foi um ferimento, em uma batalha perdida, que abriu os olhos de Inácio de Loyola. Foi uma visita que a Irmã Dulce dos Pobres fez a uma comunidade de pobres que a levou a dedicar toda vida aos cuidados dos excluídos e doentes. Foram problemas familiares que levaram pais e filhos a buscar o caminho do diálogo. Na linguagem do mar, eles ajustaram suas velas diante da tempestade

PARA AQUELE que tem fé, que acredita em Deus, todos os acontecimentos, a partir dos mais negativos, tem alguma sinalização humana e divina. Já o profeta Isaías fazia um chamamento à esperança: ?Criai ânimo, não tenhais medo, nosso Deus vem para nos salvar!? Nossa  situação pode mudar de um momento para outro, mas Deus não muda. ?Tudo passa, mas as minhas Palavras não passarão?.(Mt 24,35).


Autor/Fonte: Dom Itamar Vian Arcebispo Emérito di.vianfs@ig.com

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