Publicada em 15/02/2023 ás 09:01:14
Não
é bom inventar doenças! Isso todos sabemos, mas não é tão estranha essa
invenção indesejada. Há crianças que buscam atenção dos pais e dos adultos e,
quando não conseguem, apelam por uma doença inventada. Não bastasse o lamento
expresso em palavras, apela-se até para grito e o choro.
HOJE, apesar dos mais sofisticados avanços da ciência,
particularmente da medicina, parecem aumentar assustadoramente as doenças que
começam na dimensão espiritual e/ou psicológica. Dizem que estamos vivendo num
mundo doente. Mas dentro deste universo de imensa riqueza e fragilidade, onde o
tesouro da vida se vê envolto em vasos de barro, existe um imenso desejo de um
mundo melhor. Qualificar a vida em todas as suas dimensões é assumi-la como dom
e responsabilidade.
NINGUÉM gostaria de ser doente e nem ter doentes ao seu
redor. Porém, diante de uma cultura que trata mal a vida, o sofrimento vai
criando novas configurações e novos cenários. Todo o progresso é bem-vindo,
porém, observa-se que os elementos mais primários da vida e da convivência,
como a alegria, a cortesia, o respeito, a gratidão, o cuidado pela dignidade
humana parecem estar relegados ao ridículo.
NÃO PODEMOS duvidar que o sofrimento constitui uma das
experiências básicas da existência humana. Nascemos em meio à dor e morremos
abraçados pelo sofrimento. Entre nascer e o morrer, há também uma trajetória de
fragilidades que podem nos surpreender a qualquer momento. Tudo isso faz parte
de nossa contingência humana.
GRAÇAS a Deus, hoje estão surgindo homens e mulheres com
alto nível de sabedoria. Esses e essas procuram priorizar a medicina
preventiva. Há, também, os ?anjos da ciência?, que sabem valorizar a
espiritualidade como fator de qualidade de vida e recurso para prevenir e curar
doenças.
SOBRE o sofrimento e a doença, a angústia e a dor,
multidões já se debruçaram para encontrar explicações, remédios e soluções. No
entanto, o clamor por vida e saúde nunca parou e continua sempre mais intenso. O
próprio Deus não teve outra resposta para o mistério, senão a de colocar-se ao
nosso lado, assumindo nossa condição humana, nossas doenças e nossa morte. Com
a chegada de Cristo, chegou o sentido de nosso viver, de nosso sofrer e de
nosso morrer.