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Quilombolas do Lagoa Grande celebram o Dia da Consciência Negra

Construindo saberes, dizeres e fazeres?, com foco numa educação de qualidade e que não se prenda à área física das escolas, foi o tema do evento deste ano, que teve a participação ativa da comunidade.
Publicada em 15/02/2023 ás 09:01:32
Foto: Divulgação

Biografias de moradores da comunidade que se destacaram ao longo dos anos, apresentações culturais de estudantes, conversas focadas na identidade da negritude. São algumas das ações realizadas pelos moradores da comunidade quilombola do povoado Lagoa Grande, no distrito de Maria Quitéria, para celebrar o Dia da Consciência Negra. O evento alusivo ao 20 de novembro, data de assassinato de Zumbi dos Palmares, aconteceu nesta sexta-feira e sábado (24). 

?Construindo saberes, dizeres e fazeres?, com foco numa educação de qualidade e que não se prenda à área física das escolas, foi o tema do evento deste ano, que teve a participação ativa da comunidade. Para o presidente da Associação Comunitária de Maria Quitéria, José Carlos Santos de Almeida, o evento teve como objetivo conscientizar os moradores do quilombo.

Muitos deles foram homenageados, como Maria de Lourdes dos Santos Gomes, a Chica das Plantas, grande conhecedora das qualidades medicinais da vegetação da região, Hilário Pereira do Nascimento, cantor que em um concurso em Salvador ficou em segundo lugar ? o primeiro foi Raul Seixas ? lembra que não participou do programa de Chacrinha porque tremeu as pernas? e perdi a minha grande chance?.

Outra biografada foi Maria Parteira, como ficou conhecida Maria Cruz dos Santos, que ajudou centenas de crianças a chegar ao mundo em toda a região. ?Contei até 150?. Atuou como parteira mais de 30 anos. Há alguns anos não mais faz parto, por motivos legais. ?Mas sempre estou à disposição das mulheres e das criancinhas, que ajudo a cuidar, com atenção principal na cura do umbigo?.

Numa parede foram colocadas várias bonequinhas de pano preto. E uma explicação: eram as abaymes, bonequinhas que as mulheres negras escravizadas faziam com pedaços das suas roupas e davam as meninas para brincar, durante a longa e sofrida travessia do Atlântico nos porões dos navios. Nas explicações expostas no mural diziam que as mulheres não sabiam, mas os brinquedos eram símbolos de resistência.

Deficiente visual, Camila da Cruz Ferreira, declamou uma poesia onde se destacou palavras voltadas à garantias de direitos dos negros, do fortalecimento da cultura, da inclusão, processo que disse demorar muito para acontecer. ?Incluir é estar pronto para entender. O preconceito não tem vez?.


Autor/Fonte: Poc7news com informações da SECOM

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