Publicada em 15/02/2023 ás 09:01:38
A pesquisa, conduzida pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), coloca a Bahia na terceira posição no ranking de mortes por intervenções policiais, atrás apenas do Rio de Janeiro, com 925 casos ao longo de 2016, e de São Paulo, com 856. Os números usados foram fornecidos pelas secretarias de segurança pública dos estados, embora, no restante do Atlas, sejam utilizados números DATASUS, do Ministério da Saúde.
É que, neste caso, não há informações da saúde sobre todos os estados. Se mesmo assim, forem considerados os números da saúde, a Bahia aparece em segundo lugar no ranking, com 364 mortos decorrentes de intervenção policial, atrás somente do Rio de Janeiro, com 538. No caso de São Paulo, os dados da saúde computam somente 254 mortes nestas circunstâncias.
A incongruência nos dados é destacada no próprio estudo. Segundo o instituto, isso acontece porque os dados do Datasus são fornecidos por peritos e médicos legistas e que esses profissionais nem sempre têm todas as informações necessárias quando fazem o registro das mortes para indicar a autoria do homicídio. Por isso, em muitos casos, os crimes são classificados como morte por agressão.
Procurada, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou, em nota, que as mortes em confronto são acompanhadas pelas corregedorias. "A Secretaria da Segurança Pública da Bahia ressalta que todo policial brasileiro, por lei, tem o direito de reagir a ataques de criminosos. Acrescenta que todas as mortes em confronto são acompanhadas pelas corregedorias", diz a nota.