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Mulheres não participavam da Procissão do Fogaréu

ensaiava o ?ora pro nobis? nas vendas, nos botecos, nos bares, reforçando as cordas vocais com aguardentes variadas, mas, principalmente com os produtos do alambique da Lapa, aproveitando o meio feriado de quinta-feira de trevas (
Publicada em 15/02/2023 ás 09:01:41

Este é o momento oportuno para lembrar como era em Feira de Santana, em tempos idos, a Procissão do Fogaréu que acontecia nas quintas-feiras da Semana Santa. Os mais antigos são unânimes em afirmar que a fé tem sido a mesma durante a procissão, que, no entanto muito tem perdido em afluência e solenidade. Vale a pena, pois, lembrar a Procissão do Fogaréu de antigamente, conforme editorial da Folha do Norte de abril de 1997. (por Adilson Simas). 

A procissão, que ficou em nossa memória, era majestosa. À frente, com seu porte marcial, andar  pausado, o Coronel Álvaro Simões Ferreira, levando a imagem do Crucificado, seguido da irmandade da Santa Casa de Misericórdia, encapuzada, numerosa e dividida em duas alas, a conduzir tochas.

O cortejo saia da Matriz, entrava na Marechal Deodoro pela Travessa de Santana, ganhava a Praça João Pedreira, na direção da Prefeitura e entrava na Avenida Senhor dos Passos em cuja igreja fazia a primeira parada, seguindo pelo Beco do França, detendo-se na Igreja dos Remédios e subindo a Rua Conselheiro Franco, parava na Capela de São Vicente, desaparecida como o prédio da Pensão Universal, com a construção do Mandacaru, recolhendo à Matriz a cuja porta, todos de joelhos, contritos, entoavam  o ?Senhor Deus?.

Naqueles tempos mulheres não entravam na Procissão, que simbolizava a prisão e a condenação de Jesus Cristo ao martírio, fatos de que mulheres não participaram. Ficavam, elas, em grandes grupos, nas esquinas, nos passeios, precipitando-se de uma rua para outra só para ver passar aquela enorme massa de homens contritos a entoar o ?ora por nobis? nas pouco iluminadas e quase desertas ruas da nossa cidade, que davam à Procissão, aspecto  fantasmagóricos.

A procissão atraia notáveis tipos populares. Para Claudio ?Macaca Fêmea?, que tocava a matraca, nas ruas, durante toda a Semana Santa, a grande glória era a de participar, de balandrau roxo, da Procissão de Fogaréus, o que também acontecia com Oscar ?Bombardino?, que se preparava durante todo dia, para a Procissão, mandando às goelas boas doses de cana para temperar o sopro, que sempre saia suava e contido, como a ocasião exigia.

No meio da massa humana, que acompanhava a Procissão, entretanto, há que se destacar o grande número de cantores de todas as escalas e de todos os timbres, que ensaiava o ?ora pro nobis? nas vendas, nos botecos, nos bares, reforçando as cordas vocais com aguardentes variadas, mas, principalmente com os produtos do alambique da Lapa, aproveitando o meio feriado de quinta-feira de trevas (a tarde não se trabalhava), para expandir a voz na Procissão.

Autor/Fonte: Poc7news com informações da SECOM

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