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Entrevista com Thiago Dantas, secretário de gestão de Salvador

Em entrevista o secretário Thigo Dantas diz que foi um ano de bastante trabalho em Salvador.
Publicada em 15/02/2023 ás 09:01:47
Fotos: Jamile Amine / Bahia Notícias

Ainda não há uma definição, mas a Secretaria Municipal de Gestão (Semge) tem trabalhado em uma proposta para a realização de concursos públicos no próximo ano. Em 2017, a capital baiana teve apenas concursos na modalidade Regime Especial de Direito Administrativo (Reda). Se o resultado for positivo, algumas das áreas contempladas devem ser a Educação e também a Defesa Civil Salvador (Codesal). "Mas ainda pendente de definição e pendente ainda de uma avaliação de conjuntura de arrecadação para a prefeitura pra que não sejam realizados concursos que a expectativa de arrecadação aponte que pode gerar algum tipo de comprometimento de equilíbrio da prefeitura", salienta o secretário Thiago Dantas em entrevista ao Bahia Notícias. Já a abertura de vagas para Reda está garantida também na Codesal na ?Operação Chuva? e em serviços voltados para demandas temporárias de Carnaval. Titular da pasta, ele explica que a Semge atua mais nos bastidores, como uma ?secretaria sistêmica? que opera para possibilitar as atividades das ?secretarias finalísticas?. Por exemplo, o processo de locação do centro de microcefalia, que será inaugurado nesta segunda-feira (4), foi feito na secretaria. ?A população pode perceber o trabalho da Semge de uma maneira indireta porque justamente tudo aquilo que acontece no âmbito das atividades finalísticas, das secretarias que têm competências, que tem relação direta com o cidadão, tem algo que diz respeito àquilo que a Semge trabalha nas suas competências?, pontua. Outras atividades são a autarquia da Previdência, que foi transformada em uma diretoria vinculada à pasta; um "big data" para integrar todos os sistemas; e o "Salvador vai de táxi", projeto que visa substituir a locação de veículos e a contratação de motoristas por uma oferta de serviço de táxi. "A gente tem feito cálculos, a economia pode variar entre uma banda que vai de R$ 6 milhões a até R$ 10 milhões, a depender de como a gente consiga fazer efetivamente a substituição de uma frota que cuida exclusivamente de atividades administrativas", estima o secretário.

A Semge é um tipo de secretaria que atua muito mais nos bastidores. Como é que a população pode perceber que a Semge está trabalhando dentro dessa máquina que é a prefeitura?

A Semge, por definição, é uma secretaria sistêmica, cujo trabalho realmente é eminentemente voltado para questões internas. Como é que a prefeitura se estrutura? A gente tem uma série de secretarias que são finalísticas e tem aquelas secretarias que são sistêmicas, cuja razão de ser é justamente prover as condições necessárias pra que essas secretarias finalísticas funcionem. Então, a população pode perceber o trabalho da Semge de uma maneira indireta porque justamente tudo aquilo que acontece no âmbito das atividades finalísticas, das secretarias que têm competências que tem relação direta com o cidadão, tem algo que diz respeito aquilo que a Semge trabalha nas suas competências. Por exemplo, segunda-feira [4 de dezembro], o prefeito vai inaugurar um centro de microcefalia. Esse centro de microcefalia vai funcionar num imóvel alugado, esse processo de locação aconteceu lá na Secretaria de Gestão. Como é que a população também pode perceber isso? As seleções que a prefeitura faz. Quem da população que tem interesse em disputar uma dessas posições? Ela vai visualizar essa posição através de um procedimento que é feito lá pela Secretaria de Gestão. Agora se você fizer uma comparação da Secretaria de Gestão com as secretarias finalísticas, você vai ver claramente que as secretarias finalísticas que têm essa interface direta com o cidadão, sendo a Secretaria de Gestão realmente uma secretaria mais de atividades internas, de bastidores. Na Secretaria de Educação, a pessoa vai se dirigir a unidade de ensino, poder se matricular, enfim, vai disfrutar diretamente de um serviço público prestado pela prefeitura. Igualmente num posto de saúde, igualmente num serviço de assistência social, igualmente quando ela demandar uma troca de iluminação pública, um tapa-buraco, enfim... Essas competências são diretamente fruídas pela população e na Secretaria de Gestão esse trabalho vai aparecer de forma mais indireta.

A gente chega agora em dezembro ao final do primeiro ano do segundo mandato do prefeito. Que avaliação o senhor faz desse período pra secretaria em termos de projeto, de estruturação da Casa, como o prefeito gosta de chamar?

A gente pode dizer que foi um ano de bastante trabalho. A secretaria conseguiu elaborar uma série de projetos, alguns deles já estão em efetiva execução, outros estão planejados, mas para execução a partir de 2018. Por exemplo, um projeto que a gente tem observado que tem até sido um pouco noticiado, até pelo interesse que ele desperta, é o ?Salvador vai de táxi?, que é um projeto que visa justamente substituir, aplicar uma nova modelagem no que diz respeito a forma como a prefeitura oferece esse serviço de transporte pra os seus servidores, colaboradores de um modo geral. Hoje a prefeitura, o que é que ela faz? Ela loca veículos e contrata, através de contratos de prestação de serviços, motoristas e essa sistemática está sendo substituída justamente por uma oferta de serviço de táxi. Essa licitação ainda está sendo homologada nos próximos 15 dias. A partir disso, a prefeitura vai passar a disponibilizar para esse serviço de locomoção dos seus servidores não mais uma modelagem baseada em locação de frota e contratação de motorista, mas em oferta de táxi. É importante porque gera economia, gera uma melhor possibilidade de controle e ainda significa algum tipo de demanda pra o serviço dos taxistas. Então, é um estímulo para um segmento aí que a gente vê, tem observado nas notícias que tem sido bem atingido por essa crise toda.

Quanto vocês pretendem economizar assim?

A gente tem feito cálculos, a economia pode variar entre uma banda que vai de R$ 6 a até R$ 10 milhões, a depender de como a gente consiga fazer efetivamente a substituição de uma frota que cuida exclusivamente de atividades administrativas. Quando você pensa numa frota que cuida de atividades de fiscalização, por exemplo, essa parte não entra. Mas dentro de um cenário, eu diria mínimo, em torno de R$ 6 milhões, e dentro de um cenário ótimo, podendo chegar até R$ 10 milhões de reais.

Vocês pretendem implantar isso já no ano que vem?

Já, a partir do ano que vem. No final desse ano, a gente está terminando a licitação, então a partir de janeiro, eu espero que isso já esteja rodando. Naturalmente que isso vai ganhando escala com o passar do tempo. É preciso ter de um lado um cuidado de implantar a iniciativa, mas de outro sem que isso gere qualquer tipo de ruptura pra o funcionamento da prefeitura. A gente começa implantando em janeiro, mas a ideia é que ao longo do ano isso tome corpo e que a gente consiga chegar dentro desses números aí que a gente tem em mente. Outro projeto é a diretoria de previdência. A gente extinguiu a autarquia da Previdência e transformou essa unidade da prefeitura numa diretoria da Secretaria de Gestão. A gente entende que isso representou agora uma melhor forma de gerir a Previdência da prefeitura porque aproximou as questões previdenciárias do eixo de decisão do prefeito e isso permitiu já uma série de tomada de decisões que visam justamente equacionar esse déficit que a gente verifica na previdência. Por exemplo, a gente encaminhou um projeto de lei, que a gente aumentou a alíquota patronal para 24%. A gente fez uma adequação das regras de pensão pra que a pensão não fosse necessariamente vitalícia, a depender da expectativa de sobrevida do cônjuge. Outras regras que são um pouco mais técnicas, mas por exemplo, quando o Instituto foi criado ficou estabelecido que os participantes do regime de previdência seriam custeados com recursos do Tesouro por 25 anos. Isso foi em 92, terminou agora. A gente conseguiu, através desse projeto de lei, transformar esse compromisso da prefeitura em algo permanente. Então, quanto aos beneficiários vivos, os benefícios previdenciários deles serão custeados com recursos do Tesouro e não do Fundo. Isso tudo num conjunto de medidas que visam justamente lidar com a questão do déficit atuarial e financeiro do Fundo, visando um planejamento de médio e longo prazo para que a previdência não se torne um problema de grandes proporções no futuro. Ontem e hoje [30 de novembro e 1º de dezembro], a Prefeitura está sediando o Conaprev. A gente candidatou Salvador pra sediar o ConaPrev, que é o Conselho Nacional da Previdência, então a gente reuniu, no Othon, representantes dos regimes próprios de previdência do Brasil inteiro, estados e municípios, justamente pra discutir. São temas comuns, temas de Estado, então a gente tem tido um cuidado especial com a questão previdenciária. Esse ano a gente também concluiu uma fase importante do ?Fala Salvador?, que nasceu como sendo um canal de Ouvidoria e houve, no passado, uma proposta de dar musculatura ao Fala Salvador pra que ele se transformasse numa plataforma integrada de relacionamento com o cidadão. Hoje ele já consegue absorver uma série de demandas que podem ser formuladas pelos próprios cidadãos diretamente nesses canais, como Bolsa Família, marcação de consultas e a ideia é estender isso pra uma gama maior de serviços e tornar ele um veículo que vai permitir o relacionamento da prefeitura com o cidadão de uma maneira mais ágil, de uma maneira mais simplificada e de uma maneira mais efetiva. 

Autor/Fonte: Bahia Notícias

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