Publicada em 21/05/2025 ás 11:26:06
A presidente do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta
terça-feira (20) que a ministra Vera Lúcia Santana Araújo foi vítima de
racismo e discriminação ao ser barrada na entrada de um seminário em
Brasília. Vera Lúcia, advogada baiana e ativista do movimento de
mulheres negras, foi indicada ao TSE pelo presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. Ela foi impedida de entrar no evento, mesmo apresentando sua
carteira funcional de ministra.
O seminário, promovido pela Comissão de Ética Pública (CEP), discutia
"Gestão Pública - Prevenção ao Enfrentamento ao Assédio e a
Discriminação". Após ser barrada, Vera Lúcia só conseguiu acessar o
evento após mais providências serem tomadas. Cármen Lúcia classificou o
episódio como racismo e tratamento indigno, enfatizando que qualquer
discriminação é inconstitucional e imoral.
A presidente do TSE também enviou um ofício à Comissão de Ética para
informar oficialmente sobre o incidente. Cármen Lúcia ressaltou a
gravidade do ato, destacando que racismo é crime e que a Justiça
Eleitoral foi afetada. O evento ocorreu no Centro Empresarial da
Confederação Nacional do Comércio (CNC), onde diversas instituições,
incluindo a Advocacia-Geral da União (AGU), têm sede.
A AGU, em resposta, esclareceu que o controle de acesso ao edifício é
responsabilidade de funcionários terceirizados. A instituição prometeu
adotar medidas para responsabilizar os envolvidos na agressão e prevenir
novos incidentes.